Pergaminho de Westeros - Relato da Primeira Aventura

Na quinta-feira, dia 19 de janeiro de 2012, demos início a nossa campanha online de GURPS 4ª Edição ambientada no cenário de Game of Thrones, mais precisamente nos eventos que desencadearão a Rebelião Blackfire, a aproximadamente 100 anos antes do atual período em que é contado as Crônicas de Gelo e Fogo.

Para jogar, utilizamos um combo de programas: Fantasy Grounds II (como virtual table) e o Team Speak 3 (para narração e interação dos jogadores), tornando a mesa bastante dinâmica.

Nossa mesa é composta por André "Mith" (Grimm Hightower), André Morelo (Percival Ruh), Darwin (Meistre Aethan Baratheon), Rafael Hrasko (Markk Stark), Ronaldo (Aldos Karstark - Ausente na primeira mesa) e Vicente (Bowen Smellyton). Mais tarde postarei às fichas dos personagens, bem como históricos de cada um deles.



Segue abaixo os acontecimentos da primeira mesa:

Assim contam os pergaminhos do Arquimeistre Pycelle, sobre os acontecimentos que antecederam a Rebelião Blackfyre:
 
" Já se passavam cinco luas do ano de 186 após a Chegada de Aegon às terras de Westeros, o primeiro ano de um longo verão que acalentou as terras de Westeros, tornando possível a recuperação frente ao longo inverno que o antecedeu. Não foi um dos mais frios invernos já registrado nos códices da Cidadela, mas seu longo período castigou a muitos.
 
Um ano especial, coroando o segundo do reinado do Rei Daeron II Targaryen. Ano especial por ter sido o escolhido pelo regente para nomear seu filho, Baelor "Lança Partida" Targaryen, como Mão do Rei. Um jovem capaz e especial, como poucos se viram em toda a história de Westeros.
 
Em virtude de tão aclamado acontecimento, foi decretado que Porto Real passaria por um período de festividades que durariam uma semana, trazendo nobres de toda parte para comemorar, disputar os torneios, orar no grande Septo de Baelor e presenciar a nomeação do jovem príncipe.
 
Corvos partiram da Fortaleza Vermelha na direção de todos os cantos de Westeros, convidando os vassalos reais a presenciarem momento tão importante. Com meses de antecedência, os preparativos para longas viagens foram feitos e as grandes comitivas partiram.
 
Vindos do norte, a comitiva vinda de Winterfell seguia lenta, cansada pela longa travessia.O povo do norte ainda se recuperava do longo inverno, mas não existia em todas as terras povo tão acostumado às intempéries. A frente do grupo seguiam como batedores e porta-estandartes o nobre Markk Stark e o jovem Bowen Smellyton.
 
Do sul, uma gigantesca comitiva que se iniciou em Vilavelha vinha reunindo nobres de todas as terras comandadas pela poderosa Casa Tyrell, engrossando cada vez mais seu contingente. A frente da mesma, vinham o trio liderado pelo bruto Grimm Hightower, ladeado pelo Meistre Aethan Baratheon e o bardo Percival Ruh.
 
Adentrando as terras de Porto Real, os grupos se avistaram perto de um entroncamento que unia as estradas do norte e do sul, convergindo para uma estrada calçada que seguia na direção da cidade. De longe, os batedores dos grupos se avistaram, estandartes a vista.
 
No caminho, uma antiga e abandonada torre de vigia encabeçava o início da estrada. O grupo vindo do sul, melhor posicionado, conseguiu avistar uma movimentação suspeita nas ruínas, que com uma observação cuidadosa se revelou um grupo de salteadores prontos para atacar a caravana vinda do norte. Buscando antecipar o ataque e auxiliar os companheiros do norte, os três batedores se dispuseram a marcha, avisando o grupo sobre o ataque e acabando com o elemento surpresa que muito beneficiaria os saltimbancos.
 
Alertados pelos batedores do sul, o nobre Markk Stark e seu jovem acompanhante se prepararam para o ataque vindouro, sacando armas e se protegendo de projéteis que possivelmente seriam disparados. Enquanto Markk sacava sua espada longa e se dispunha ao ataque, o pequeno Bowen corria para se esconder no meio de arbustos, levando consigo seu pequeno arco e sua aljava.
 
Ao mesmo tempo, partiam em disparada o grande Grimm Hightower, portando um gigantesco cajado feito com madeira negra e ornamentado em forma de torre, símbolo que trazia a seu portador a alcunha de "Carvalho Negro", enquanto o Meistre Aethan cobria seu avanço sacando um arco de freixo e o bardo Percival Ruh incitava seu grupo e os aliados do norte ao combate com sua vigorosa voz, buscando intimidar os inimigos.
 
O grupo de bandidos, vendo o ataque partir de duas direções, se dividiu e seguiu com o intuito de repelí-lo. Quatro bandidos partiram na direção do grupo do norte, enquanto os outro quatro bandidos restantes seguiam para rechaçar o avanço do sul.

Os bandidos que seguiam na direção do grupo do norte se dividiram, com dois avançando com espadas em riste contra Markk enquanto outros dois se punham a uma distância segura, disparando flechas com seus arcos. Markk se utilizou da cobertura propiciada pelos dois bandidos que avançaram sobre ele e, com uma rápida troca de golpes, já decepava o braço armado de um e rasgava o peito do segundo, rápido como um lobo das matas do norte.

Enquanto Markk lutava, o jovem Bowen se aproveitava do esconderijo encontrado e dardejava os inimigos armados com arcos, ferindo-os e incapacitando-os.

Ao sul, Grimm derrubava o primeiro dos bandidos com uma certeira machadada, arremessada com sua grande força. Assim que os outros inimigos o cercaram, ele se fechou em defesa, se aproveitando de seu escudo e cajado para se proteger e contra-atacar. Meistre Aethan disparava dardos mortíferos com seu arco, alvejando os inimigos e facilitando o combate para Grimm, que com um poderoso golpe de seu cajado acertou as partes baixas de um bandido, deixando-o inconsciente.

Com alguns segundos de combate, a defensiva tinham acabado com a vantagem numérica do grupo de bandidos. Aproveitando-se da situação, o bardo Percival novamente utilizou sua voz para minar as forças do inimigo, fazendo aqueles que ainda permaneciam em combate largar suas armas e se renderem, com a promessa de serem poupados e seguirem para ser presos em Porto Real, podendo posteriormente escolher a vida na Muralha para expiar seus crimes.

Com a situação controlada, bastou aos grupos esperarem a chegada de suas respectivas caravanas para poderem aprisionar seus inimigos e seguirem na direção dos portões de Porto Real."

História baseada em trechos do diário de Meistre Aethan Baratheon

3 comentários: (+add yours?)

Vicente Arrigoni disse...

Darkolme, eu já disse antes à você, e tenho que repetir: VOCÊ ESCREVE BEM DEMAIS CARA!!

Eu nunca li um resumo de aventura de RPG tão bem contado, e com uma literatura tão simples e divertida!

Parabéns!

Anônimo disse...

Seria interessante se as duas comitivas chegassem ao entroncamento simultaneamente, tendo, obrigatoriamente, uma que dar passagem a outra. Criaria o tipo de animosidade perfeita para ser resolvida nos torneios de logo mais, quando o orgulho ferido traria uma parcela adicional de risco às disputas.

Darkolme disse...

Camarada Anônimo, obrigado pela dica. Estarão sendo trabalhadas relações entre as personagens (entre si e entre NPCs), buscando manter o clima típico de Game of Thrones.

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